O apresentador de televisão Luciano Huck, após ser assaltado, escreveu artigo publicado edição desta segunda-feira, dia 01/10, na sessão “tendências e debates” do jornal “Folha de São Paulo”. O artigo é longo e não pretendemos entediá-los muito com ele, portanto selecionamos alguns techos representativos.
"Luciano Huck foi assassinado. Manchete do "Jornal Nacional" de ontem. E eu, algumas páginas à frente neste diário, provavelmente no caderno policial. E, quem sabe, uma homenagem póstuma no caderno de cultura.”
“Não veria meu segundo filho. Deixaria órfã uma inocente criança. Uma jovem viúva. Uma família destroçada. Uma multidão bastante triste. Um governador envergonhado. Um presidente em silêncio. Por quê? Por causa de um relógio.”
“Passo o dia pensando em como deixar as pessoas mais felizes e como tentar fazer este país mais bacana. TV diverte e a ONG que presido tem um trabalho sério e eficiente em sua missão. Meu prazer passa pelo bem-estar coletivo, não tenho dúvidas disso.”
“Desculpem o desabafo, mas, hoje amanheci um cidadão envergonhado de ser paulistano, um brasileiro humilhado por um calibre 38 e um homem que correu o risco de não ver os seus filhos crescerem por causa de um relógio. Isso não está certo."
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Impressionante, mas o rapaz levou uns 5000 toques só para dizer:
“Mamãe, quero colo!!!”
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Huck, não precisa ficar verde de raiva nem de indignação. Sim, nós temos coração, e não, não zoamos à toa. Todos somos vítimas da violência e já passamos por situações parecidas e até piores... Entendemos sua dor, dividimos sua frustração.
Mas não fique tristinho, e não chore. O que nos impressionou foi a “Folha”, um jornal que se pretende sério, disponibilizar metade da terceira página para que você publicasse um texto que mais parece uma página de diário e que não agrega nada ao debate sobre a violência.
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